sábado, 24 de outubro de 2009

Hugo Chavez. Vilão, Herói ou Lunático?


No intuito de opinar de forma imparcial e consistente sobre tão estranha criatura,  me embrenhei em densas matas de visões e opiniões a respeito de Chávez.

Até um cego, acompanhando o BOPE em uma de suas incursões ao Morro dos Macacos, se sentiria menos perdido que eu.

As opiniões sobre o atual presidente da Venezuela são tão apaixonadas e opostas que é quase impossível saber quem detém a verdade!

Entrei em uma montanha russa desgovernada que me levava da admiração beata ao ódio mortal, em fração de segundos!

Mas quem é na realidade Hugo Rafael Chávez Frías?

Espremendo e enxugando todo ranço passional, Chávez torna-se um tenente-coronel de 55 anos, graduado na Academia Militar da venezuela, que resolve, como é de praxe entre grande parte dos militares da América latina, se envolver com a política do seu país.

No dia 4 de fevereiro de 1992, Hugo Chávez, comandando cerca de 300 homens, protagonizou um golpe de estado contra o presidente Carlos Andrés Peréz.

Fracassou no seu intento e foi preso permanecendo encarcerado por 2 anos.

Após ser anistiado, teimoso como uma mula, o tenente-coronel, agora vigiado de perto, funda o Movimento Quinta República, de onde trabalha até conseguir ser eleito em 1998, prometendo a Revolução Bolivariana, que de revolução não tem nada e de Bolivariana muito menos!

A partir daí, o homem eleito duas vezes pela revista Time (2005 e 2006), um dos 100 mais influentes do mundo, segue deixando algumas migalhas que podemos seguir a fim de tentar entendê-lo.

Voltemos no tempo, dezembro de 1982, sob uma árvore centenária, debaixo da qual Símon Bolívar, o libertador da América do Sul do século 19, teria um dia descansado, dois jovens soldados, dois amigos juram "romper os grilhões da oligarquia" para permitir que o povo venezuelano tivesse uma vida livre e justa.

Hoje um desses jovens é Chávez o outro é o prisioneiro mais famoso do país, o general Raul Isaias Baduel, 54, ex-ministro da Defesa e comandante-em-chefe do exército, preso por ordem de Chávez, sob condições no mínimo suspeitas.

Tratando dessa forma seus oponentes, usando o dinheiro da quinta potência petrolífera mundial para financiar sua “Revolução Bolivariana”, Chávez segue uma tortuosa trilha junto com sua “Boliburguesia”, bebendo uísque de 18 anos e dirigindo seus utilitários esportivos norte-americanos luxuosos.

A venezuela nunca foi tão desigual quanto hoje. Caracas é uma das cidades mais violentas do mundo, e a favelização é uma realidade gritante.

No entanto, o som mais alto, que tem feito calar seus opositores e hipnotizado seus apaixonados seguidores, vem dos discursos inflamados de Chávez, passa por sua imagem de “macho”, de sangue latino, que não se curva diante de ninguém e de uma política de auto-promoção nauseante.

Aos domingos, todos os canais são obrigados a transmitir o seu programa de auto-promoção, o "Aló Presidente", bem como uma edição mais curta que é exibida várias vezes por semana. Todas as aparições oficiais do presidente também têm que ser transmitidas, o que permite que Chávez tenha facilmente 20 horas no ar todas as semanas.

E a Venezuela segue sendo governada como se fosse o latifúndio particular desse “revolucionário socialista do século 21”.

Que saudades de revolucionários de verdade!

Termino deixando a pergunta do título sem resposta, só peço que leiam duas frases do grande Che Guevara:



“O verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de generosidade; é impossível imaginar um revolucionário autêntico sem esta qualidade".

e

"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados!"

Respondam vocês agora:

Vilão, Herói ou Publicitário?


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Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom!!!parabens!!!
não teria maneira melhor de terminar falando de socialismo com a foto de um socialista de verdade!!!! lo increíble che !!!

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