Três jovens em um veículo atingiram um auxiliar de serviços gerais, que ia para o trabalho em sua bicicleta, enquanto o chamavam de "negro", aos gritos.
Segundo testemunhas, os três vibraram com a ação.
Pouco depois, dois vigilantes, que saíam de um evento e testemunharam a agressão, conseguiram deter os estudantes e levá-los à polícia.
Os jovens usaram um tapete do carro enrolado em forma de bastão para atingir a vítima que desequilibrou-se e caiu vindo a ferir-se.
Os três foram presos em flagrante por racismo e lesão corporal.
O fato poderia ser só mais uma demonstração do racismo velado que assola nosso país, se na notícia não houvesse dois detalhes de extrema relevância.
O primeiro:
Os agressores, na teoria, estão se preparando para salvar vidas a todo custo, independente de credo, cor ou classe social.
Os três são estudantes de medicina de uma universidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
O segundo:
Apesar da declaração do delegado responsável pelo caso que os três jovens ficariam presos, já que o crime de racismo é inafiançável no Brasil, os três estudantes foram soltos na noite do mesmo sábado, após pagarem fiança, já que o juiz Ricardo Monte Serrat entendeu que não houve crime de racismo.
Se o que os três "futuros doutores" praticaram não é racismo, me expliquem por favor o que é racismo!
Isso é vergonhoso!
Enquanto o nosso judiciário estiver alicerçado em leis ultrapassadas e arcaicas, que não buscam a justiça e sim a "legalidade", mesmo que injusta, esta será a nossa realidade:
Cadeia para pobres, vergonha para pobres e impunidade para quem pode colocar a legalidade acima da justiça!

Um comentário:
Gostei do seu ponto de vista nesse artigo.
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