sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bullying deixa menino cego em Niterói.


Tudo que um estudante de 12 anos da Escola estadual Almirante Tamandaré, em Piratininga, Niterói/RJ, quer é voltar a enxergar com seu olho direito.
O menino ficou cego desse olho há cerca de dois meses, depois que um grupo de adolescentes do colégio onde estuda o espancou com socos e pontapés na cabeça. Um dos agressores ainda enfiou um dedo dentro do olho do garoto.
Ele teve deslocamento total de retina e seu quadro, segundo os médicos, é irreversível.

A mãe adotiva do menino descobriu que desde maio, o menino apanhava com frequência na escola, sem motivos aparentes.

"Depois dos exames de vista, quando a médica perguntou se alguém havia socado a vista dele, pelo diagnóstico de traumatismo no olho direito, ele confessou que estava apanhando na escola. Ele contou que todos os dias o pegavam e o levavam para quadra da escola, para bater nele", contou a mãe do menino.

Psicólogo alerta para casos de ‘bullying’:

Para o psicólogo Rodolfo Ribas, que é doutor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em desenvolvimento humano, o caso do menino agredido em Piratininga por alunos da mesma escola caracteriza um caso de "bullying" – prática de violência física ou psicólógica, intencional e repetida, praticada por uma pessoa (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir pessoas, incapazes de se defender.
"Muitos jovens apanham e não falam em casa para os responsáveis. Isso porque pensam que estão apanhando porque devem ter feito algo de errado, quando na verdade nem fizeram nada de errado. Outros não contam para os pais porque têm vergonha, para que os pais não os enxerguem como inferiores aos colegas de escola.

Sem controle – Para Ribas, outros casos que contribuem para a violência praticada por crianças e adolescentes é a falta de limite imposta pelos responsáveis e a falta de tempo que os pais dedicam aos filhos. "Muitos pais acham que reprimir, colocar de castigo, impor limites significa traumatizar os filhos.
Os adolescentes com limites impostos pelos pais geralmente não tomam atitudes violentas", explicou o psicólogo e doutor da UFRJ.

Apenas no mês de novembro, em Niterói, pelo menos cinco registros de ocorrência como esse chegaram ao conhecimento de autoridades policiais.

Fonte. 

Assista este vídeo baseado no depoimento real de uma vítima de bullying:





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Um comentário:

Anônimo disse...

EU ESTOU PASSANDO POR PROBLEMAS ENORMES COM O MEU NETO DE 11 ANOS,POIS ELE FOI VÍTIMA DE BULLYNG NA ESCOLA POR MAIS DE UM ANO,SENDO QUE TUDO PIOROU NESTE ANO.A ESCOLA NÃO TOMOU NENHUMA PROVIDÊNCIA ALEGANDO QUE A NORMA DA ESCOLA ERA NÃO SUSPENDER ALUNO[OS AGREÇORES].PASSEI MEU NETO PARA O TURNO DA MANHÃ.AGORA ELE SOFRE DE TRATAMENTO DIFERENCIADO OU [BULLYNG] POR PARTE DA ESCOLA.NÃO SEI MAIS O QUE FAZER.

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