sexta-feira, 29 de abril de 2011

Genoíno condecorado! Qual a diferença entre herói e vilão?



Esse cidadão da foto acima, o José Genoíno, ou "Geraldo" na guerrilha do Araguaia, pasmem,  acaba de ser condecorado pelo ministro Nelson Jobim com a Medalha da Vitória.

A Medalha da Vitória é uma condecoração destinada a pessoas e instituições que tenham contribuído para difundir os feitos da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, participado de conflitos internacionais em defesa de interesses do Brasil, integrado missões de paz, prestado serviços relevantes ou apoiado o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.

Depois que o grupinho atual assumiu o poder nesse país, alguns guerrilheiros batem no peito e se dizem heróis da pátria, como o réu do mensalão, José Genoíno. E a maioria acha que eles são realmente paladinos da justiça.


Muitos não sabem o que aconteceu à época por falta de acesso a fontes limpas de informação, alguns nunca se interessaram por acharem assunto de menor importância e há os que preferem manter todos longe da verdade.

Aos dois primeiros grupos citados peço que assistam ao vídeo, leiam o texto e tenham restaurada a honra  de escolher em que vocês acreditam. 
Não permitam que pensem por vocês, a educação e o conhecimento é que pode mudar a realidade do nosso querido país!



Guerrilha do Araguaia - discurso do Cel Lício

Discurso do Coronel Lício Augusto Maciel na Câmara dos Deputados, em Sessão Solene ocorrida no dia 26 Jun 2005, sobre a guerrilha do Araguaia:
Sr. Presidente, Srs. Congressistas, demais autoridades presentes, minhas senhoras, meus senhores, não é preciso dizer da minha emoção por ter encontrado aqui velhos companheiros de luta, que ainda a estão levando à frente.
Como participante dos acontecimentos que passo a relatar, fiz um resumo dos itens mais perguntados; apenas como itens porque a dissertação será a rememoração dos fatos. Para isso, tirei os óculos, a fim de que aqueles que vou citar me olhem bem no fundo dos olhos e tenham suficiente coragem de afirmar, se for preciso, que tudo o que foi dito aqui é a pura verdade. Se bem que não há necessidade, porque eles mesmos já confirmaram em outras ocasiões.
O primeiro item selecionado se refere à razão da minha escolha para a missão de descobrir o local da guerrilha, que hoje se diz Guerrilha do Araguaia.
Em 1969, após a morte do terrorista Mariguella, em São Paulo, em seus documentos foram feitas várias citações sobre o local da grande área: grande área de treinamento de guerrilha.
Eu estava chegando a Brasília em 1968, já pela segunda vez. No meu passado, em 1954, fiz o curso de pára-quedista e, em seguida, o curso de Forças Especiais da Divisão de Pára-Quedistas, e especializei-me na modalidade Guerra na Selva. Posteriormente, o curso de Operações Especiais foi desenvolvido com outras modalidades e, em seguida, foi criado o Centro de Instrução de Guerra na Selva, CIGS.
Detentor do curso de Forças Especiais e considerado, à época, o elemento com credenciais para desenvolver as operações de selva, percorri milhares de vezes a rodovia Belém-Brasília, de Brasília a Belém, estrada pioneira de barro. Eu e minha equipe, de 3 ou 4 homens, chegamos à conclusão, por indícios, de que a Guerrilha do Araguaia estava naquela área, entre o Bico do Papagaio, Xambioá, Marabá, Tocantinópolis e Porto Franco.
O fato, porém, que nos permitiu chegar à área foi a prisão, em Fortaleza, do guerrilheiro Pedro Albuquerque. Naturalmente, ele está olhando para mim, e eu estou olhando para a câmera, para que olhe no fundo dos meus olhos e confirme que o que eu estou dizendo é verdade. Pedro Albuquerque foi preso quando tentava tirar documentos em Fortaleza. Recolhido ao xadrez, ele tentou suicídio cortando os pulsos. A sentinela, por acaso, passou, viu, deu o alarme e ele foi levado para um hospital da guarnição.
Recuperado o documento de que ele falou, o documento resultante das declarações de Pedro Albuquerque foi enviado diretamente de Fortaleza para Brasília e chegou às mãos do General Bandeira, que imediatamente mandou buscar o preso. Enquanto eu preparava a equipe, o preso chegou, foi incluído na minha equipe, e partimos, junto com Pedro, para o local onde ele dizia que era o inicial: Xambioá.
Chegamos ao Rio Araguaia, pegamos uma canoa grande, com motor de popa, fomos até ao local de Pará da Lama. Pedro deve lembrar muito dele: era uma picada ao longo da floresta no sentido do Xingu. Andamos o dia inteiro. Chegamos ao anoitecer na casa do último morador, com o Pedro sendo levado por nós, livre. Não estava algemado, amarrado ou coisa assim. Ele foi acompanhando nossa equipe. Há várias testemunhas desse episódio aqui presentes, as quais não vou citar, que fizeram parte da minha equipe.
Chegamos à casa de Antônio Pereira, pernoitamos no campo, nos telheiros e, no dia seguinte, às 4h, prosseguimos em direção ao local onde Pedro Albuquerque indicou. Ao chegarmos lá, avistamos três homens, isto é, três elementos, sendo uma mulher, descansando para almoço, presumo. Aproximamo-nos do local só para conversar com eles, para saber o que eles estavam fazendo lá. Eram três e, no nosso grupo, havia seis; então, não tinha problema. Eles fugiram. Chegamos ao local. Fiquei inteiramente abismado com o estoque de comida, de material cirúrgico; havia até oficina de rádio; 60 mochilas de lona, costuradas no local em máquina industrial grande, que tive o prazer de jogar no meio do açude. Tocamos fogo em tudo e voltei sem fazer prisioneiro.
Ora, em qualquer situação, teríamos atirado naqueles homens. Estávamos a 80 metros, um tiro de fuzil os atingiria facilmente. Eles estavam sentados. Mas nosso objetivo não era matar, não era trucidar. Nosso objetivo era saber o que eles estavam fazendo lá. De acordo com Pedro Albuquerque, eram guerrilheiros. Estavam na área indicada por Pedro Albuquerque, que viu toda a operação.
Como disse, destruímos todos os seus aparelhos; metralhamos uma grande quantidade de frutas - melancia, jerimum e muitas outras coisas. Ficamos inteiramente impressionados com a quantidade de comida que havia lá, várias sacas de arroz; havia até oficina de rádio com equipamentos sofisticados. Era uma oficina rústica, não era como bancada de laboratório da cidade, mas funcionava. O gerador, lá atrás, também funcionava.
Voltamos. Deixamos o pessoal fugir, claro. E o Pedro Albuquerque retornou com dois companheiros nossos e foi recolhido ao xadrez de Xambioá. Continuamos nossa missão. Como os três elementos fugitivos avisaram para o resto do grupo do Destacamento C, mais ao sul, em frente a São Geraldo do Araguaia, que estávamos indo para lá, ao chegar lá nós os vimos fugindo com muita carga, até violão levavam. Eles estavam se retirando do Destacamento C, do Antônio da Dina e do Pedro Albuquerque.
Pedro Albuquerque nos levou até o Destacamento C, onde havia estado. Ele fugiu porque os bandidos exigiram que ele fizesse um aborto em sua mulher, que estava grávida. Eles não se conformaram com a ordem, principalmente porque outra guerrilheira grávida tinha sido mandada para São Paulo para ter o filho nas mordomias daquela cidade. Ela era casada com o filho do chefe militar da guerrilha, Maurício Grabois.
Pedro, você está me escutando? Você deve-se lembrar de que declarou isso: que você fugiu porque obrigaram sua mulher a fazer um aborto.
Nós estávamos perseguindo esse grupo e estávamos avançando. Embora chovesse bastante, estávamos nos aproximando. Eles resolveram soltar a carga que estavam levando, e o guia, morador da área, me disse: "Agora, nós não vamos pegar eles porque estão fugindo para a gameleira". E demos uma meia parada, nessa destruição do equipamento deles, quando pressentimos a vinda de alguém na trilha. Nós estávamos andando no meio da mata e esse elemento vinha pela trilha. Nós nos agachamos e, nisso, veio aquele elemento forte, com chapéu de couro, mochila nas costas e facão na cintura. Então, quando ele chegou no meio do nosso grupo, eu dei a ordem: Prendam esse cara!
Não sei, não posso me lembrar, se foi o Cid ou se foi o Cabo Marra que pegou o Genoino. Esse elemento era o Geraldo, posteriormente identificado como Genoino - que naturalmente está me olhando agora. E eu tirei os óculos justamente para ele me reconhecer, porque da minha cara ninguém esquece, principalmente com aquela cara que eu estava na mata, depois de vários dias passando fome e sede, sujo, cheio de barba. Mas é a mesma cara. É o mesmo olhar da hora em que eu encarei ele e disse: "Seu mentiroso! Confesse! Você não tem mais alternativa".
Por que eu descobri que o Genoino era guerrilheiro? Ele se dizia Geraldo e se dizia morador da área. Claro: elemento na área, suspeito, eu mandei deter. Mesmo algemado e com tudo nas costas, uma mochila pesada e grande, ele fugiu. O Cabo Marra deu três tiros de advertência, e ele parou. Mas não parou por causa da advertência, parou porque se emaranhou no cipoal, e o pessoal foi pegá-lo.
Eu perguntei: Por que você está fugindo? Nós apenas estamos querendo conversar com você. Para você não fugir, vamos ter de algemá-lo. "Eu sou morador" - disse ele.
Eu deixei o pessoal especializado em inquirição conversando com o Genoino, até então Geraldo. O pessoal - inclusive está presente um desses companheiros, o Cid - conversou bastante tempo com o Genoino, quando o Cid veio a mim e disse: "Comandante, não tem nada, não". Está bom - respondi. Como eu já estava há muito tempo no mato, já tinha resolvido, intimamente, levar o Genoino preso para Xambioá, mas não disse que essa era minha determinação. Peguei a mochila dele.
Havia um elemento na minha equipe que era especialista em falar com o pessoal da área - já falecido -, um elemento excepcionalmente bom. Rendo minhas homenagens a João Pedro do Rêgo. (Palmas.) O João Pedro, apelidado por nós de Jota Peter ou Javali Solitário, onde estiver estará escutando. João Pedro era um homem que falava com o matuto, com o pessoal da área, porque eu, na minha linguagem urbana, não era entendido nem entendia o que eles falavam. O Javali veio a mim e disse: "Ele não tem nada. É morador da área". E disse-me o que tinha lhe dito.
Eu, como homem de selva, peguei a mochila do Geraldo e comecei a abri-la. Tirei pulôver, rede e um bocado de bagulho da mochila do Geraldo, quando encontrei um tubo de remédio no fundo da mochila. Ao pegar aquele tubo e olhar para o Genoino, vi que ele estava lívido, pálido. Eu ainda lhe disse: Companheiro, fique tranqüilo porque nós não vamos fazer nada com você, você é morador da área. E abri o tubo. Lá encontrei material típico de sobrevivência - linha de pesca fina, anzóis. Era material típico de sobrevivência. Como eu havia feito um curso e só sabia teoricamente sobre o assunto, interessei-me por aquele exemplo prático, em um local de difícil acesso na selva amazônica. À medida que eu ia puxando aquelas linhas, o Genoíno - aliás, o Geraldo - ia ficando mais desesperado. E quando eu tirei o tubo, olhei para ele, e ele estava branco como papel. E lá no fundo eu vi um papel pautado, de caderneta, dessas que todo dono de bodega na área anotava as suas vendas. Cortei uma talisca do meu lado, puxei o papel e lá estava a mensagem do Comandante do Grupamento B da Gameleira, o Osvaldão, para o Comandante do Grupamento C, Antônio da Dina. Estava lá a mensagem que o Genoino transportava para o Antônio da Dina. Era uma mensagem tão curta que ele, como bom escoteiro que era, poderia ter decorado, porque até hoje, mais de 30 anos passados, eu me lembro do que dizia essa mensagem, mas eu quero que ele mesmo diga o que constava nessa mensagem. Era uma dúzia de palavras em linguajar militar, de próprio punho do Osvaldão, que era o Comandante do Grupamento B da Gameleira, o grupamento mais perigoso da guerrilha, como constatamos no desenrolar das lutas. Foi o grupo que matou o primeiro militar na área. Antes de qualquer pessoa morrer, o grupo do Osvaldão matou o Cabo Rosa, Odílio Cruz Rosa. Depois de esse Odílio Cruz Rosa ser morto, eles mataram mais 2 sargentos e fizeram muito mal aos militares que nada sabiam até então. Só quem sabia era o pessoal de informações. E eu era da área de informações, embora eu operasse à paisana.
Então, o Genoino foi mandado para Xambioá preso. A essa altura ele já deixou de ser detido para ser preso, e disse tudo sobre a área. Quando eu olhei para ele e disse: Você não tem mais alternativa porque aqui está a mensagem. Ele disse: "Eu falo". Eu disse: É bom você falar. Genoino, olhe no meu olho, você está me vendo. Eu prendi você na mata e não toquei num fio de cabelo seu. Não lhe demos uma facãozada, não lhe demos uma bolacha - coisa de que me arrependo hoje(Palmas.)
Um elemento da minha equipe, fumador inveterado, abriu um pacote de cigarro, aproveitou aquele papel branco do verso, pegou um toco de lápis não sei de onde, e o João Pedro começou a anotar o que o Genoino falava fluentemente - nervoso como estava, começou a falar.
Eu me levantei do chão, fui até um córrego próximo beber um pouco d'água. Voltei, o papel estava cheio, com toda a composição da Guerrilha - nomes, locais, Grupo C, ao sul; Grupo B, da Gameleira, perto de Santa Isabel; e Grupo A, perto de Marabá. Eram esse os 3 grupos efetivos, em que se presumiam 30 homens por grupamento, além de um grupo militar comandado por Maurício Grabois.
Peguei aquele papel e ainda comentei com ele: Pô, meu amigo, tu és um cara importante desse negócio aí, hein? E mandei o Geraldo para Xambioá. Ele foi recolhido ao xadrez, posteriormente enviado a Brasília; em seguida, 3 ou 4 dias depois, não me lembro, veio o veredicto da identificação: o guerrilheiro Geraldo era o José Genoino Neto, presente em frente ao vídeo, olhando para os meus olhos - eu sempre tive olhos arregalados; não foi só lá na mata, não. Os meus olhos sempre foram arregalados, principalmente em combate.
Triste notícia veio depois. O grupo do Genoino prendeu um filho do Antônio Pereira, aquele senhor humilde, que morava nos confins da picada de Pará da Lama, a 100 quilômetros de São Geraldo. O filho dele era um garoto de 17 anos, que eu não queria levar como guia, porque ao olhar para ele me lembrei do meu filho que tinha a mesma idade. Então, eu disse ao João: Não quero levar o seu filho. Eu sabia das implicações, ou já desconfiava.
O pobre coitado do rapaz nos seguiu durante uma manhã, das 5h até o meio-dia, quando encontramos os três nos aguardando para almoçar. Pois bem. Depois que nos retiramos, os companheiros do José Genoino pegaram o rapaz e o esquartejaram.
Genoino, aquele rapaz foi esquartejado! Toda a Xambioá sabe disso, todos os moradores de Xambioá sabem da vida do pobre coitado do Antônio Pereira, pai do João Pereira, e vocês nunca tiveram a coragem de pedir pelo menos uma desculpa por terem esquartejado o rapaz! Cortaram primeiro uma orelha, na frente da família, no pátio da casa do Antônio Pereira; cortaram a segunda orelha; o rapaz urrava de dor; a mãe desmaiou. Eles continuaram, cortaram os dedos, as mãos, e no final deram a facada que matou João Pereira.
Esse relatório está no Centro de Instrução Especializada - CIE, porque foi escrito por mim, e eles não abrem para os historiadores com medo de que o relato apareça.
Pois bem. Eles fizeram isso porque o rapaz nos acompanhou durante 6 horas, para servir de exemplo aos outros moradores, de forma que não tivessem contato com o pessoal do Exército, das Forças Armadas.
Foi o crime mais hediondo de que eu soube. Nem na Guerra da Coréia e na do Vietnã fizeram isso. Algo parecido só encontrei quando trucidaram o Tenente Alberto Mendes Júnior. O Tenente se apresentou voluntariamente para substituir dois companheiros que estavam feridos. A turma do Lamarca pegou o rapaz, trucidou-o, castrou-o e o obrigou a engolir os órgãos genitais. O crime contra o João Pereira foi muito mais grave, muito mais horrendo. E eles sabem disso.
Peçam desculpas ao Antônio Pereira, se ele estiver vivo! Tenham a coragem de reconhecer que toda a Xambioá sabe disso!
Genoino preso e identificado, a Guerrilha prossegue. Depois de matar o João Pereira, eles mataram o Cabo Odílio Cruz Rosa; depois do Rosa, eles mataram dois sargentos; depois dos dois sargentos, eles atiraram no Tenente Álvaro, que deve contar a história. Como estou contando a história aqui, Álvaro, conte a sua história.
Na minha versão, o Álvaro deu voz de prisão ao bandido, eles atiram. Outro que estava atrás atirou nas costas do Álvaro, arrancando-lhe a omoplata. Depois desse ferido, houve vários feridos, e finalmente eu fui ferido e tive que sair da área.
Porém, antes, as tropas do Exército saíram da área, vendo que aquele era um movimento mais grave, mais planejado - planejado em Cuba, com as mentes que todos estamos vendo. Sabemos como funciona a mente de um comunista. Um comunista tranqüilo, sem arma na mão, tudo bem. Aquilo é o que ele pensa, e a nossa democracia permite isso. Mas aquele que pega em arma tem de ser trucidado. Um homem que entra numa mata para combater em nome de um regime de Fidel Castro, esse cara tem que ser morto!(Palmas.)
A Operação Sucuri fez um levantamento de informações: de que se tratava, qual o valor do inimigo, onde ele estava, enfim, todos os itens necessários para que fosse elaborada uma ordem de operações para o combate da Guerrilha. Isso durou 5 ou 6 meses. Já existe literatura muito boa a respeito.
Elementos militares descaracterizados, à paisana, foram postos dentro da mata, desarmados, com identidade falsa, ao lado dos bandidos. Qualquer um de nós, em sã consciência, reconhece que esses homens são uns heróis. Se me derem uma arma eu vou lá caçá-los de novo hoje. Mas, naquela época, se me tirassem as armas e me botassem na mata, não sei não. No ímpeto da juventude, talvez eu fosse, como eles foram. Eram capitães, tenentes e sargentos.
Terminada a Operação Sucuri, já sabíamos de que se tratava, confirmadas todas ou quase todas as informações que o Genoino tinha dado. Três grupos, comando militar e a chefia em São Paulo, sob o comando de João Amazonas - que fugiu da área ao primeiro tiro. Grande valentia! Herói, João Amazonas! João Amazonas fugiu da área ao primeiro tiro, junto com Elza Monnerat. Deixou lá garotos, estudantes e os fanáticos comunistas, tipo Maurício Grabois, que influenciou seu filho, André Grabois, o personagem central do evento que vou relatar agora.
O combate contra o grupo militar da Guerrilha foi comandado por André Grabois. E a esposa dele, a Criméia, que talvez esteja me olhando, diz que houve uma emboscada. Não houve emboscada. Como o Exército saiu da área para fazer operação de informações, a Operação Sucuri, eles cantaram vitória: "Seu Exército é de fritar bolinho". Muito bem, fritamos bolinho.
Já estava na área e recebi a seguinte ordem: "Vá à região de São Domingos a pé, porque de viatura não se chega lá. Eles destruíram uma ponte na Transamazônica."
Eu peguei a minha equipe e fui para São Domingos. Atravessei o rio. A ponte estava destruída, mas atravessei a vau. Cheguei a São Domingos, o quartel estava incendiado. Ao alvorecer daquele dia - se não me engano, 10 de outubro de 1973 -, eles destruíram e incendiaram o quartel. Deixaram todos os militares nus, inclusive o tenente comandante do destacamento, e pegaram todo o armamento, toda a munição, todo o fardamento. Entraram na mata e deixaram um recado: "Não ousem nos seguir, porque o pau vai quebrar".
Infelizmente, Criméia, seu marido morreu por isso.
Pude ver as suas pegadas bem nítidas, porque eles estavam carregados com cunhetes de munição, fuzis da PM, revólveres, e foi fácil seguir o grupo.
No terceiro dia, para resumir, houve um encontro. Eles estavam tão certos de que o Exército não iria lá que estavam caçando porcos. Às 6 da manhã, eu escutei o primeiro tiro e o grito dos porcos. Às 15 horas houve o combate. Vejam bem o espaço de tempo: de 6 da manhã às 15 horas.
Eu estava a menos de 10 metros do primeiro homem, que era o comandante do grupo, André Grabois, filho de Maurício Grabois. Ele estava sentado, com o gorro da PM que tomou do tenente na cabeça, e vi que tinha a arma na mão. Olhei para os meus companheiros, que vinham rastejando, e perguntei: Será que vamos encontrar um bando de PMs aí? Olhei, eles entraram em posição, e eu me levantei. Quase encostei o cano da minha arma em André Grabois: Solte a arma. Ele deu aquele pulo, e a arma já estava na minha direção. Não deu outra. Os meus companheiros, que chegavam, acertariam o André, caso eu tivesse errado, o que era muito difícil, pois estava a um metro e meio, dois metros dele.
Foi destruído o grupo militar da Guerrilha. Todos eram formados na China, em Pequim, em Cuba. Não me lembro do nome de todos, mas citarei alguns: André Grabois; o pai, Maurício Grabois, que mandou o filho fazer curso em Cuba; o Calatroni, o Nunes. O João Araguaia se entrincheirou atrás de um tronco de árvore e não se mexeu, depois do tiroteio, saiu correndo, sem arma. Ninguém atirou no João Araguaia porque ele estava sem arma. O Nunes estava gravemente ferido, mal falava e, quando o fazia, o sangue corria pela boca, mas ele conseguiu dizer a importância do grupo e citou os nomes - não sei se nome ou codinome - de todos eles: o Zequinha, ele disse: esse é o André Grabois. Estava morto.
Esse foi o primeiro combate de valor contra os guerrilheiros, mas foram desmoralizados. Eles diziam para os soldados não entrarem na mata porque os oficiais não entravam. Ora, o próprio acampamento dos militares ficava no meio da selva.
Em seguida, ocorreu o incidente do dia 23 de outubro, 10 dias depois. Continuando na perseguição ao bando, encontramos pegadas nítidas no chão de um grupo numeroso. Esse grupo do Zé Carlos era do Grupamento A. Fomos encontrar as batidas, depois, soubemos que era do Grupamento B, do Osvaldão. Então, eu já estava a menos de 100 metros do grupo. O guia já estava saindo para a retaguarda. O guia era morador. Ele não tinha nada com a guerra. Ele estava lá auxiliando o Exército a pegar os "paulistas", que era como eles chamavam os guerrilheiros. Quando o guia começou a retrair, vi que a coisa estava feia, e continuei. Nisso, um dos guerrilheiros retorna, volta inesperadamente, e deu de cara comigo. Eu agachado e ele olhando para mim. Foi quando dei ordem de prisão para ele: Mãos na cabeça. Ele levantou uma mão, e foi quando vi que era uma mulher. Ela levantou uma mão fazendo sinal de... para eu ficar olhando para a mão enquanto ela desamarrava o coldre. Dei 3 ordens de prisão, mas ela não obedeceu.Quando eu vi que ela estava desamarrando o coldre ainda dei 3 ordens para ela - Não faça isso - gritando, pois sempre falei alto, meu tom de voz é esse. Quando ela sacou a arma vi que não tinha jeito e atirei. Acertei a perna dela e ela caiu, caiu feio. Ela não caiu, desmoronou. Ela deu um salto como se tivesse recebido uma patada de elefante. Ela caiu uns 3 metros depois, tal o impacto. Eu corri, ela não estava mais com a arma, estava nos estertores da dor, chorando e gritando. Eu disse: Fica calma que vamos te salvar. Olhei a arma, a selva muito cheia de folhas, não achei a arma. Meu erro: não deixei um sentinela com ela. Éramos poucos, eles eram vinte, eu precisava de gente.
Continuamos a perseguição do grupo, e eles atravessaram o córrego. Resolvi voltar, já estava escurecendo. Quando me agachei ela me atirou à queima roupa. Ela me deu um tiro na mão e acertou na face, que atravessou o véu palatino e se encaixou atrás da coluna, e eu caí. O outro tiro que ela deu acertou o braço do Capitão Curió, Subcomandante da minha equipe. O restante da minha equipe revidou, claro, encerrada a carreira de bandido da Sônia, nome da guerrilheira. Fui carregado em uma rede e transportado na mata.
Altas horas da noite, os soldados que estavam me carregando passaram os seus fuzis para o outro do lado. E o que ia levando 2 fuzis, um fuzil batendo no outro, fazia muito barulho na mata. E era um barulho que se propagava muito a longa distância. Eles armaram uma emboscada, teria sido o fim. Mas, aquele companheiro, com o qual eu brigava tanto pedindo que deixasse de fumar, nos salvou. Ele, que assumiu o comando da equipe, pediu para parar para dar uma pitada. Isso, a uns 50 metros da emboscada.Paramos e ficou aquele silêncio. Eu fui estendido no chão, dentro da rede, sangrava muito, quase desacordado.
Eles, então, achando que havíamos pressentido a emboscada, aqueles valentes guerrilheiros, fugiram. Claro que eles teriam matado todos nós. Não tenham dúvida. Nós estávamos completamente sem atenção. A minha equipe estava levando o seu comandante quase morto para o primeiro local onde a ambulância poderia alcançar. Na localidade de São José, eles pediram uma ambulância para levar um ferido. De São José, a ambulância me levou para Bacaba, de lá para Marabá e de Marabá para Belém, onde passei uns dias para me restabelecer e ter condições de viajar. Depois fui levado para Brasília onde fui operado. A operação se revestia de cuidados especiais, porque, do contrário, eu ficaria paraplégico para o resto de minha vida. Graças a Deus, as seqüelas foram muito menores e hoje eu estou falando aos senhores aqui, com muita honra.
É muito difícil falarmos em conclusões de uma luta de 4 anos. Citarei apenas 2 itens das conclusões. Permitam-me que os leia. Por isso, coloquei os óculos. Não há mais necessidade de os bandidos me olharem no fundo dos olhos. Estou à disposição deles, a qualquer momento. Quem quiser confirmar comigo o que disse, o meu endereço está na Internet. Terei muita satisfação em olhar no fundo dos olhos deles e repetir tudo o que acabei de dizer aos senhores: nada temos a esconder.
Primeira conclusão: tenho imenso orgulho de ter participado dessa luta, por ter agido positivamente para evitar que os guerrilheiros do PCdoB implantassem no País um regime comunista igual ao de Cuba, com paredão e tudo - e esse risco não acabou.
Segunda conclusão: além de prestar homenagem às bravas esposas dos militares, tanto daquela época quanto da atual, estendo aos membros da minha valorosa equipe a honra de que estou sendo alvo presentemente.
Muito obrigado (Palmas.)
Fonte: A Verdade Sufocada
COMPLEMENTO DO CEL LÍCIO:
É conveniente saber de alguns detalhes, não dos fatos que revelei no discurso, mas dos bastidores, do procedimento da ala revanchista (comunistas e majoritária) da Câmara e alhures.
O Dep. Jair Bolsonaro conseguiu aprovação para realizar na Câmara a homenagem aos combatentes mortos no Araguaia e me convidou para gravar um vídeo para ser projetado durante o discurso que ele, Deputado, faria na ocasião. Fizemos um vídeo, mas não ficou bom. Fizemos outro e foi considerado razoável (era aquela monotonia de responder perguntas).
No dia da solenidade, poucos momentos antes do início da cerimônia em Plenário, a ala comuna embargou a projeção do vídeo alegando não estar nas normas da casa. O Deputado Bolsonaro, depois de muita discussão, concordou, mas exigiu que eu iria falar ao vivo, de improviso.
Os “vermelhinhos sem-vergonha”, achando que estavam impedindo a projeção de um video bem ensaiado, concordaram com a minha fala na tribuna. E assim foi feito, com o resultado bem melhor do que se fosse projetado o vídeo, para desespero deles, o tiro saiu pela culatra. 
Para a solenidade, o Deputado Bolsonaro fez distribuir, além dos convites gerais a civis e militares, os de praxe às autoridades militares de Brasília e solicitou por ofício ao comandante a banda militar do EB que sempre era cedida à Câmara para solenidades habituais.
Na época, o comandante (?) era o Albuca furador de fila de aeroporto, o pior comandante que o EB já teve, desde Calógeras (hoje ele é do conselho da assaltada-petrobras, ganhando, além dos vencimentos de general, mais de 70 mil reais, talvez até livre de imposto de renda). Todos estão lembrados que ele pagou a Medalha de Caxias para genoínos, dirceus, valdirpires, e qualquer cagalhão do desgoverno que aparecesse em Brasília. E, é bom ressaltar, os vaselinas VO fazem muita festa quando da presença dele nas rodas de militares, como sempre é observado... (sempre os melancias).
Tudo foi negado, obrigando a que fosse providenciado um corneteiro para dar o toque de clarim, toque de silêncio, em honra aos valorosos combatentes que deram sua vida na defesa da Pátria combatendo os comunistas do Partido COMUNISTA do Brasil (PCdeBosta). Além disso, foi recomendado aos Comandantes das Unidades a retenção dos militares no Quartel. Grande Albuca! Já morreu, já virou múmia ambulante e ainda não se tocou...
Foi o mais bonito, além de emocionante, toque de silêncio que ouvi nos meus quase oitenta anos de existência, sendo trinta e três na Ativa, executado magistralmente por um cabo-corneteiro do Exército (à paisana, naturalmente para não ser retaliado...).
Sempre afirmo que a nossa sorte tem sido ter, nesses últimos mais de vinte anos, o Deputado Jair Bolsonaro na Câmara em Brasília e os dois filhos, Flávio (Deputado-RJ) e Carlos (Vereador-Rio de Janeiro), coadjuvando seus esforços, além de assegurar uma rara demonstração de cidadania e ética, na defesa dos direitos da tão desiludida família militar.

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terça-feira, 12 de abril de 2011

Conspiração LGBT a imposição da exceção como regra



No dia 9 de abril, postei um artigo sobre a minha indignação contra a campanha insuportável a favor do homossexualismo como padrão de comportamento. Clique aqui e leia antes de continuar.

Hoje tive acesso através do facebook a uma entrevista da grande jornalista Salette Lemos com o Deputado Jair Bolsonaro no programa Fala Sério da BAND e fiquei pasmo!

Tudo que escrevi no post citado acima torna-se insignificante diante das revelações feitas na referida entrevista.

Estamos diante de uma situação extremamente grave, que está acontecendo nas sombras do MEC, com nosso dinheiro, decidindo os nossos interesses e que deveria ser discutida pela sociedade.
Assista, preste bastante atenção na gravidade do assunto, passe adiante.
Não podemos nos calar diante dessa situação!

Citando Martin Luther King:
 “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”




Dê uma espiadinha no filme "Encontrando Bianca" que faz árte do chamado "Kit Gay" do MEC e nas declarações do André Lázaro, Secretário de Educação Continuada, Alafebetização e Diversidade :


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Se isso tudo é por igualdade  ou respeito aos diferentes parece que o recém-eleito deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), homossexual militante que conseguiu alguma notoriedade participando do programa Big Brother Brasil da Rede Globo, está destoando e mostrando a verdadeira face dessa conspiração. Leia clicando aqui.

Não dá pra se calar! 
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sábado, 9 de abril de 2011

Não aguento mais esse papo de homofobia


Vamos falar sério, esse papo de homofobia já está passando dos limites!

Vivemos em um país que discrimina mulheres, pobres, negros, gordos, orelhudos, altos, baixos, deficientes, favelados, religiosos, poiliciais, políticos, eu mesmo, apanhei como um desgraçado na escola porque era baixinho.

Só que agora surgiu uma "minoria" que pretende ser mais merecedora de cuidados que qualquer outra.

Será que ninguém percebe que estão tentando enfiar uma escolha individual pela nossa goela abaixo, como se fosse a única  certa?

Eu aceito homossexuais, nunca discriminei  nenhum, mas aceitar ou tolerar é uma coisa, gostar e praticar é outra.

Eu tolero homossexuais como tolero ateus, por exemplo, penso diferente deles, discordo da sua forma de encarar a vida, mas os respeito. E se me fosse dado o poder de escolher, gostaria que meus filhos fossem cristãos, como eu. Isso nunca me impediu de ter amigos homossexuais ou ateus.

Estão confundindo tolerância e aceitação com conivência e participação.

Outra coisa me chama a atenção, parece que os homossexuais são feitos de cristal e incapazes de se defender.  Um bando de marmanjos  que fizeram uma escolha e que podem e devem arcar com as consequências.

Eu, como brasileiro, sou estimulado a ter minhas opiniões, discordar dos políticos, expor minhas idéias. Posso falar mal dos senadores, dos deputados, das autoridades policiais, posso até xingar a Presidenta do Brasil, mas se olhar um homossexual e ele cismar que o estou discriminando, estarei em apuros.
Vamos dar um basta nisso...

Há muitas desigualdades mais terríveis nesse Brasil e que não são vistas.

Vamos atacar a pobreza, a miséria, a violência, a desigualdade social e a ignorância.
Quando formos uma Suiça, sem problemas, nos debrucemos sobre essas questões menores que antes desse alarde que estão fazendo, nem mesmo era preocupação da maioria da população. Eu mesmo nunca havia me preocupado com isso, não fazia a menor diferença. Agora já fico cheio de medo quando chego perto de um homossexual, posso ser enquadrado como discriminador por qualquer motivo!

Já assisti este fenômeno antes. É a tal da moda do "politicamente correto". É bonito defender os homossexuais. Te faz parecer inteligente e sensível...

Vamos parar com essa palhaçada e pensar nos que são discriminados porque nasceram com deficiências sérias. Eu mesmo tenho um filho surdo, que sofre discriminação desde  que me lembro. 
Vamos parar de milindres, ameaças, pitis e leis e vamos tratar de melhorar a educação do povo que automaticamente a aceitação virá, sem grilhões, nem PLs.

Desculpem o desabafo, mas sou hetero e estou me sentindo discriminado!
Se esse papo continuar deveríamos tentar criminalizar a heterofobia!

O exagero não para nas discussões, nos reality shows, nos filmes, nas ameaças, nas acusações.
Assistam o vídeo a seguir, que faz parte do chamado "Kit Gay" do MEC, preparado para as nossas crianças, com o nosso dinheiro, sem a nossa a provação e vejam o exagero, prestem atenção nas declarações do André Lázaro, Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e  Diversidade:





Quem é essa Bianca?

Por quais motivos ela merece um vídeo e o surdo do meu filho nunca teve nem uma palestra?
Nem por isso ele ficou pelos cantos choramingando. Estudou, enfrentou todas as humilhações, aprendeu a dirigir, passou no vestibular, tem uma namoradinha surda e  é feliz. Não culpa ninguém pelas suas frustrações!

Por acaso alguém já viu uma campanha como essa para proteger pobres, deficientes, negros, orelhudos, gordinhos, gagos, ou qualquer tipo de pessoa potencialmente vítima de discriminação ou preconceito, por ser diferente?

Vamos parar de olhar preferências sexuais e vamos tratar de proteger nossos velhos, crianças, mulheres, homens, sejam homo ou heterossexuais, isso sim seria igualdade!
Papo reto não faz curva...
Então amigo homossexual,  que vive apregoando seu orgulho por ser o que é, tome vergonha na cara e pare de pregar a igualdade buscando tratamento diferenciado!
Pare de sentir-se ofendido quando for chamado de bicha, afinal eu não ficaria nada ofendido de ser chamado de macho e não fico ofendido quando chamam o meu filho de surdo, afinal ele é!

Sejam mais adultos, menos infantis e encarem as suas escolhas com naturalidade, sem se importar com o que outros pensam e arcando com as consequências corajosamente, sem culpar os que não compactuam com suas opiniões pelas suas frustrações pessoais!

Sejam felizes e deixem os outros serem felizes sem tentar impor suas convicções pela força da lei ou pela chantagem emocional barata!


Falei e fui...

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Brasil ou República Federativa do Bumba?

 

"Celebração em Niterói relembra um ano da tragédia do Morro do Bumba

Rio - Uma celebração inter-religiosa será realizada na tarde desta quarta-feira em Niterói, Região Metropolitana do Rio, em memória aos mortos pela tragédia das chuvas no município, que há exato um ano fez mais de 50 vítimas no deslizamento do Morro do Bumba.


Fiéis de várias religiões organizam um culto ecumênico às 16h na Praça da República, em frente à Câmara de Vereadores, no Centro da cidade. Na sequência, moradores que ainda estão desabrigados irão realizar um protesto contra a Prefeitura de Niterói, acusada de negligência em relação às áreas de risco e de não providenciar ajuda adequada aos necessitados.

Os manifestantes aproveitarão a oportunidade para entregar um abaixo-assinado na Câmara Municipal pedindo providências. "



Ao abrir o jornal hoje pela manhã, esbarrei na notícia acima. No mesmo instante fui invadido pelos sentimentos que há um ano me estimularam a escrever o texto que agora republico.
Volto a mexer nesse lixo, não mais pelo espanto de estar vivendo uma grande catástrofe, nem movido pela emoção de ver tantas vidas destruídas por poucas horas de chuvas.
Volto a publicar este texto em homenagem às vitimas desse genocídio causado pelas mesmas autoridades, que um ano após terem sido co-responsáveis por tanta dor, permanecem inertes mantendo as vítimas que sobreviveram, esquecidas e abandonadas a própria sorte!
O tempo passou, o Bumba ruiu, as vidas se foram e minha proposta permanece mais atual que nunca!




Brasil ou República Federativa do Bumba?
06/04/2010
  
Como morador do Rio de Janeiro e ex-morador de Niterói, passei uma semana pensando o que poderia escrever para meus leitores sobre o que vi e como percebi os acontecimentos catastróficos da semana que passou!

No dia da tragédia lembro-me claramente da violência com que a chuva chegou. Estava com a TV ligada e conversando no meu quarto quando ouvi o vento uivar e minha janela ser fustigada por uma golfada de água que mais parecia que meu prédio tinha entrado em um lava-jato, desses de postos de gasolina!

Tentei abrir a janela pra ver, mas em segundos fiquei ensopado e corri para fechar todas as janelas do apartamento.

Atendi a um telefonema e quando terminei de falar com um amigo, o Rio que tinha deixado antes da ligação já tinha se transformado em uma imensa Veneza de água lamacenta!

Minha irmã que trabalha em Ipanema, ligou e avisou que não poderia voltar pra casa pois não havia como chegar. Dormiu no ônibus...
Liguei o rádio, me conectei ao twitter e fiquei acompanhando as informações.

Pela manhã todos vocês já sabem o que encontrei na TV...
Não reconheci meu próprio bairro...
Meus parentes que moram em sua maioria em Niterói e São Gonçalo, me abasteciam com informações terríveis sobre o "outro lado da poça", que até a queda do Morro do Bumba ainda não tinham invadido a mídia!

Cheguei a comentar com meu filho que nossos políticos parecem Médiuns, só ouvem a voz dos mortos. É preciso morrer nesse país pra ser ouvido!
E aí veio a tragédia maior, a catástrofe do Morro do Bumba!

Lembrava-me daquele lugar como um imenso campo de capim melado, por onde cortava caminho de moto com minha noiva, quando íamos visitar uma cunhada minha que, na época, morava no Caramujo.
Fiquei impressionado com  a quantidade de ruas e casas que vi ali.

E aí começaram a pipocar informações sobre o prefeito de Niterói, sua negligência, diante de laudos técnicos feitos pela UFF, que solicitavam que as casas que começavam a nascer no futuro local do desastre, fossem retiradas.

Imagens chocantes invadiam minha casa com a mesma intensidade da avalanche que aconteceu no Bumba ou no Morro dos Prazeres no Rio.

Helicópteros carregando autoridades com rostos hipócritamente surpresos e consternados,  declarações emocionadas, decretos que já deveriam existir há décadas sendo assinados em minutos, enfim, a papagaiada e o circo de sempre.

SOS isso, SOS aquilo, Record disputando com a Globo, Bandeirantes correndo por fora, executivos de televisões abrindo os bolsos com miseráveis 20 mil Reais e pedindo ajuda com "pires na mão"!
E eu me perguntando onde está o culpado?

Se não eram as autoridades e não era o povo, só podia ser Deus! 
Mas como punir Deus?

Ontem resolvi!
Todos já estão cheios de informações, não gostaria de ser mais um a dizer que choveu 300mm , o dobro de chuva estimado para o mês de Abril em 48 horas...Tudo isso morreu ontem enquanto assistia ao resumo da tragédia da semana na TV.
Nem as fotos exclusivas que tenho vou postar...

Ontem eu pude perceber que o Morro do Bumba, é o quadro pintado do nosso país!
E como uma imagem fala mais do que mil palavreas, o que esse quadro me diz?

Nosso país já teve vários nomes conforme a impressão de quem olhava pra ele.
O primeiro nome dado foi Pindorama (Região das Palmeiras), porém foram os indígenas que inventaram o nome e apenas eles o utilizavam.
Na descoberta em 1500, os portugueses batizaram a nova terra de Ilha de Vera Cruz, posteriormente se chamou Terra Nova em 1501;
Terra dos Papagaios, em 1501; Terra de Vera Cruz, em 1503; Terra de Santa Cruz, em 1503; Terra Santa Cruz do Brasil, em 1505; Terra do Brasil, em 1505; 
e finalmente em 1526, devido ao pau-brasil, uma árvore que tinha uma madeira muito valiosa, passou a se chamar Brasil.

Ontem diante da minha TV, vendo aquele monte de lixo, soterrando crianças, trabalhadores, mulheres, seus sonhos e histórias. 
Analisando a hipocrisia dos culpados ao tirarem o rabo da reta, colocando a culpa na chuva ou nos pobres que não escolhem bem onde morar!
Como cidadão brasileiro, com mais de 4 décadas de vida, eleitor por duas vezes do Jorge Roberto Slveira e sua falácia, morador há mais de 20 anos da cidade do Rio de janeiro,
e observador profundo da política desse Brasil, resolvi propor um novo nome para o nosso país.

Que tal se ao invés de Brasil nosso país se chamasse de hoje em diante "Bumba"?
Nós passaríamos a ser bumbeiros e poderíamos até mudar o nome do Rio de Janeiro, para Rio de JaNEURA
poderíamos mudar a cor do uniforme da nossa seleção pra o marrom-lama, antes da copa deste ano!
E ao invés de "Seleção-Canarinho"  poderíamos ser "Seleção-Urubu" e se os flamenguistas se sentissem plagiados, poderíamos ser a Seleção-Corvo"...

E aqui explico minha proposta: 

Se os outros nomes da nossa nação foram dados de acordo com a imagem que cada um tinha da terra que se descortinava a sua frente, Bumba é o que há de mais real para nossa nação há muito tempo!

Há tempos nossos pobres vem sendo massacrados e mortos por esse mar de lama que desce dos "lixões" dos "Governos". 
Culpados não existem.
O município diz que a "responsa" é do Estado que passa a bola para Brasília e as algemas fabricadas por aqui não servem em ninguém! 

Quantos mensalões você já presenciou em sua vida?, 
quanta mentira?,
quanta impunidade? 
quantas meias cheias de grana roubada?

Quanto dinheiro que veio para as mãos dos nossos governos municipais e estaduais para salvar a vida do povo, sumiu como as casas no Morro do Bumba? 
E os PACs da vida, que só mudaram de nome, mas não passam de mega-obras, mal-feitas, mal-planejadas com fins, no mínimo questionáveis...

Eu vi um garotinho especial, que faz uma propaganda do PAC no Complexo do Alemão na TV a cada intervalo do Jornal Nacional, sair carregado de dentro do seu lindo apê de terceira, com valor de primeira pago as empreiteiras, de um projeto que nem começou direito!

Que nome melhor pra esse país de lama e chorume, fétido e insalubre como um lixão, que mata inocentes e só mostra heróis anônimos e pobres, como a população do Bumba e os valorosos praças do Corpo de Bombeiros, enquanto as autoridades tiram o seu da reta e culpam São Pedro e a chuva, passeando de helicópteros e fazendo movimentos estudados diante das câmeras, enquanto a mídia mostra o lado da verdade que lhes interessa?

Somos Bumbeiros, moramos, vivemos e morremos num grande país chamado Bumba, um lixão lamacento, e como a única espécie de Pau-Brasil que ainda existia no Rio, e estava no jardim Botânico, deve ter se afogado com a enchente, proponho mudar o nome do nosso querido país para República Federativa do Bumba
Que tal?

Me parece mais realista e atual!

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Usina de Belo Monte - A OEA estará mesmo preocupada com nossos índios?



O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner, criticou nesta terça-feira o pedido da OEA (Organização dos Estados Americanos) por medidas cautelares contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), e em favor das comunidades indígenas locais.

O projeto da hidrelétrica prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada a 40 km abaixo da cidade de Altamira, no Sítio Pimental, sendo que o Reservatório do Xingu, localiza-se no Sítio Bela Vista. A partir deste reservatório, a água será desviada por canais de derivação que formarão o reservatório dos canais, localizado a 50 km de Altamira.

O trecho do Rio Xingu entre o Reservatório do Xingu e a casa de força principal, correspondente a um comprimento de 100 km, terá a vazão reduzida em decorrência do desvio dos canais. Este trecho foi denominado pelo Relatório de Impacto Ambiental como Trecho de Vazão Reduzida. Prevê-se que este trecho deverá ser mantido com um nível mínimo de água, variável ao longo do ano. Este nível mínimo será controlado pelo Hidrograma Ecológico do Trecho de Vazão Reduzida, e tem como finalidade assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática.

Serão construídas duas casas de força, a principal e a complementar. A primeira será construída no Sítio Belo Monte e terá uma potência instalada de 11 mil MW. A complementar será construída junto ao Reservatório do Xingu com potência instalada de 233,1 MW.

A área inundada pertence a terras dos municípios de Vitória do Xingu (248 km2), Brasil Novo (0,5 km2) e Altamira (267 km2).

Parte considerável das terras a serem inundadas corresponde às cheias anuais do rio, conforme relatado no EIA (Estudo de Impacto Ambiental).

Apesar de todos esses cuidados, em documento de 1º de abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA solicita que 'se impeça qualquer obra de execução até que sejam observadas condições mínimas'.

Entre essas condições estão uma nova consulta com as comunidades indígenas locais, que devem ter acesso a um estudo do impacto socioambiental da obra, e a adoção de 'medidas vigorosas para impedir a disseminação de doenças' entre os índios.

O documento é assinado por Santiago Canton, secretário-executivo da comissão de direitos humanos.

O Itamaraty chama pedidos da OEA por Belo Monte de "injustificáveis".

"A OEA não tem nada a ver com isso, conhece muito pouco do processo de licenciamento brasileiro para dar um parecer desses", disse Hubner, diretor-geral da Aneel, que defendeu o processo de discussões com a comunidade indígena, desde a década de 80, feito para a construção do empreendimento.

Segundo o diretor, foram feitas reuniões com todas tribos indígenas, audiências públicas na cidade, com grande participação de representantes da sociedade e de comunidades indígenas.
"Todos os processos foram cumpridos com o rigor da legislação brasileira. Isso já foi questionado em ações do Ministério Público, e a Justiça Brasileira considerou que todos os aspectos foram atendidos no processo, tanto que todas as liminares foram derrubadas e as obras foram autorizadas a serem iniciadas", afirmou.

Pense comigo:
Os países que agora tentam nos impedir de construir uma usina "limpa", são os mesmos que fecham os olhos para a construção das usinas nucleares, como a de Fukushima, por exemplo.
Eles massacraram todos os seus índios, destruiram suas florestas, bem como a vida animal nativa dos seus respectivos países e nunca nos perguntaram nem pediram permissão.

Infelizmente, a realidade é que eles acreditam mais no potencial do Brasil do que nós, brasileiros.
E estão se borrando de medo!

Estes são os Países Membros da OEA:

Argentina
Bolívia
Brasil
Chile
Colômbia
Costa Rica
Cuba
República Dominicana
Equador
El Salvador
Guatemala
Haiti
Honduras
México
Nicarágua
Panamá
Paraguai
Peru
Estados Unidos
Uruguai
Venezuela
Barbados
Trinidad e Tobago 
Jamaica 
Granada 
Suriname 
Dominica 
Santa Lúcia 
Antigua e Barbuda 
São Vicente e Granadinas 
Bahamas 
São Cristóvão e Nevis 
Canadá
Belize 
Guiana

Qual deles vocês acham que possui cacife e(ou) moral para  interferir nas decisões que só ao Brasil interessam?


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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sorria, estão te espionando através do twitter, facebook e orkut


Consegui encontrar o arquivo abaixo após dias de pesquisa na internet.
Já estava há algum tempo pensando em escrever algo sobre este assunto, porém sempre adiava devido a dificuldade de achar matérias consistentes.
Na semana passada, no entanto, assistindo a um telejornal, fui despertado por uma matéria aparentemente inocente que me deixou um tanto preocupado.
O texto que se segue foi publicado pela Raw Story.

Peço que você leia até o final,  tenho certeza que a grande maioria ficará surpresa como fiquei!
"Raw Story - [Stephen C. Webster] A maioria das pessoas usa as redes sociais como Facebook e Twitter para compartilhar fotos de amigos e família, conversar com amigos e desconhecidos sobre assuntos diversos, ou seguir o perfil de seus sites, bandas e programas de TV favoritos.

Mas e o Exército dos Estados Unidos, para que será que ele faz uso dessa mesma rede? Bom, nós não podemos lhe revelar: isso é “confidencial”, um porta-voz da CENTCOM (Comando Central dos Estados Unidos) disse recentemente a Raw Story. Um uso que está confirmado, entretanto, é a manipulação da rede social através de perfis falsos controlados pelo Exército.

Raw Story recentemente relatou que a Aeronáutica dos Estados Unidos solicitou a comerciantes de informática do setor privado por algo chamado “Persona Management Software” (PMS, algo como “Programa de Controle Pessoal” - N.T.). Tal tecnologia permitiria a indivíduos únicos a comandarem exércitos virtuais de “pessoas” falsas, digitais, em várias diferentes mídias sociais.Esses perfis possuem toda uma história própria bem detalhada, fictícia, para fazê-los passar por verdadeiros a quem olha de fora, além de um serviço sofisticado de proteção de identidade para lhes dar apoio, prevenindo que leitores suspeitos descubram a pessoa real por trás do perfil.

Eles ainda trabalham maneiras de enganar serviços de geolocalização da internet, para que esses “perfis” possam estar virtualmente inseridos em qualquer lugar do mundo, propiciando comentários ostensivos ao vivo sobre eventos reais, mesmo quando o operador não estiver presente.

Quando Raw Story relatou o contrato para esse software pela primeira vez, não estava claro o que a Aeronáutica estadunidense queria com isso, ou mesmo se já o havia adquirido. A possibilidade para usos não escusos, entretanto, estava bastante evidente. Um falso exército virtual de pessoas poderia ser usado para ajudar a criar a impressão de uma opinião consensual nos tópicos de comentário online, ou para manipular a mídia social ao ponto em que histórias relevantes fossem suprimidas.

Ultimamente, isso pode causar o efeito de mudar em rede a opinião pública e compreensão sobre eventos mundiais estratégicos. De acordo com o Comandante Bill Speaks, o oficial responsável pela mídia da equipe responsável pela área digital do CENTCOM, o publico não pode saber o que o Exército dos Estados Unidos quer com tal tecnologia, porque suas aplicações são secretas.“Esse contrato”, escreveu em referência ao relatório da Aeronáutica de 22 de Junho de 2010, “dá suporte às atividades confidenciais nas mídias sociais fora dos Estados Unidos, e pretende se opor à ideologia extremista e à propaganda inimiga.”Speaks insistiu que ele estava falando apenas pela CENTCOM, e não pela Aeronáutica estadunidense “ou outro setor do Exército”.Enquanto revelava quem era premiado com o contrato em questão, ele acrescentou que a Aeronáutica, que ajuda no processo de contratação da CENTCOM fora de MacDill (uma base da aeronáutica estadunidense), tem até mesmo outros usos da mídia social que ele não pode apontar."

Bom se você leu este artigo até aqui deve estar me chamando de esquizofrênico com mania de perseguição. Mas esta semana me surpreendi com uma reportagem na nossa conhecida BAND.
Assista o vídeo e assuste-se comigo!








Se a UFMG consegue nos monitorar "em tempo real", usando como gatilho apenas uma palavra, no caso "dengue", imagine como estamos sendo vigiados por todos que desejam informações a nosso respeito. 
Das nossas preferências mais banais às nossas posições ideológicas tudo pode estar sendo monitorado! 
E pior que isso, nossas opiniões sendo manipuladas por "amigos virtuais" extremamente simpáticos e inteligentes!


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sábado, 2 de abril de 2011

O golpe militar de 31 de março de 1964 foi, na verdade, um golpe iluminista.



Por Aluizio Amorim

No dia 31 de março de 2009 escrevi este artigo que segue abaixo aqui no blog. Decidi postá-lo novamente já que hoje, 31 de março, comemora-se o 47º Aniversário da Revolução levada a efeito por civis e militares e que impediu que o Brasil fosse transformado numa República Comunista do tipo cubano. Faço esta postagem novamente porque está em curso a solerte ação do Foro de São Paulo, organização esquerdista que tem o PT como um dos articuladores e que visa denegrir as Forças Armadas do Brasil através de uma dita Comissão da Verdade que tem em mira transformar Soldados da Pátria em vilões e terroristas subversivos em heróis, reescrevendo a história e escamoteando a verdade dos fatos.
FIQUEM ATENTOS! A Comissão da Verdade, o Movimento Ficha Limpa e, finalmente, a Reforma Política fazem parte dessa sorrateira estratégia do PT e seus satélites comunistas para destruir a democracia e a liberdade. Esta é a verdade dos fatos. Desafio quem quer que seja para me provar o contrário! Leiam:

Em 31 de março de 1964, era apenas um adolescente. Mas acompanhava a política. Meu pai era do PSD. E nunca me esqueço do dia 31 de março de 1964, quando meu pai chegou para o almoço e vaticinou: é coisa para 10 anos, referindo-se ao governo militar que era instaurado no Brasil. Entretanto, o lapso de tempo dos militares no poder foi muito mais longe e, queiramos ou não, o Brasil mudou radicalmente e se desenvolveu.

Mas eu, seguindo meu pai, não aprovei o golpe. Quando cheguei à universidade me alinhei ao pessoal da esquerda e foi quando iniciei a carreira jornalística trabalhando como redator a partir de 1971, no jornal O Estado aqui de Florianópolis.

Contaminado pelas teses esquerdistas combati, como pude, por anos seguidos, a ditadura militar. Também ajudei naquilo que estava ao meu alcance os líderes esquerdistas, muitos dos quais foram presos aqui em Santa Catarina na Operação Barriga Verde em 1974, quando os militares assestaram um pesado golpe na organização articulada principalmente pelo velho PCB.
Lembro que quando o José Genoíno recém havia saído da ilegalidade, um dos líderes do PT local perguntou se não queria entrevistá-lo. E lá fui eu ouvir o Genoíno, magrelo, mal vestido, na sala de um cortiço da velha rua Conselheiro Mafra aqui em Florianópolis, que era uma espécie de sede do PT local. Além dele entrevistei outros esquerdistas, como Hércules Correia e o festejado Luiz Carlos Prestes, além de Lula, é claro, por mais de uma vez.
Embora não participasse de nenhum partido político, nem legal e nem proscrito, ajudava os políticos do ex-MDB, então uma grande frente que abrigava desde liberais, se é que assim se pode qualificá-los, até esquerdistas empedernidos, que utilizavam um partido legal para fazer a sua política mantendo um pé nos aparelhos comunistas.

Passei, portanto, boa parte, ou talvez a melhor parte da minha vida, a juventude, mergulhado na idiotia esquerdista que me havia cegado intelectualmente.
Toda essa gente que eu ajudei, me expondo ao risco, por acreditar na sua sinceridade democrática, vi mais adiante que não passava, com raríssimas exceções, de estúpidos e oportunistas. Essa gente nunca foi democrática e postulava, nos anos 60, transformar o Brasil numa grande Cuba. Queriam substituir o regime autoritário dos militres por uma ditadura tipo cubana. Esta é que é a verdade!

Para sair desse curral de idiotice onde chafurdei por um bom tempo não foi fácil.
A minha conversão à democracia liberal e ao sistema econômico capitalista só começou a acontecer no início dos anos 90, quando cheguei à conclusão que precisava estudar muito mais para conseguir entender um pouco de política, de economia e, sobretudo de ciência.

Nessa época resolvi voltar a estudar de forma séria. Ingressei no Mestrado em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina e comecei a estudar para valer. E foi nessa época que a ficha começou a cair, embora eu ainda possuísse um pé no esquerdismo. À medida que mais eu estudava, mais evidências surgiam a respeito da tremenda idiotice que são as teorias socialistas.

Mas a reação de qualquer adepto do esquerdismo ante a evidência dos fatos é montar um discurso e até mesmo uma teoria para se auto-convencer de que o marxismo e seus epígonos é que estão certos.

Tive a sorte de ter ótimos professores no Mestrado que não compactuavam com as teses marxistas. Passei a estudar Max Weber, o grande filósofo alemão, que a malandragem marxista sempre abominou.
A ficha foi caindo devagar e a dissertação que defendi e que está editada em livro – Elementos de sociologia do direito em Max Weber -, ainda contém certos resquícios de visão esquerdista, embora sem prejuízo do conteúdo teórico formulado pelo sábio de Heidelberg em sua copiosa obra.

Ao final dos anos 90, já depois de ter concluído o Mestrado, é a que a ficha caiu totalmente e me libertei do marxismo adotando as teses do liberalismo e avançando um pouco para aquilo que a esquerda tipifica como “conservadorismo”.
Portanto, quando alguém me acusa de reacionário, direitista, conservador e o escambau estou pouco ligando. Esse tipo de censura só me orgulha.

Se hoje estivesse no Rio de Janeiro iria ao Clube Militar na sessão comemorativa alusiva a 31 de março de 1964, para render a minha homenagem a alguns militares, hoje com cabelos brancos e na reserva, que contribuíram decisivamente para evitar que o Brasil caísse nas mãos da canalha comunista.
O golpe militar de 31 de março de 1964 foi, na verdade, um golpe iluminista.

31 DE MARÇO DE 1964: UM GOLPE ILUMINISTA QUE LIVROU O BRASIL DE SER TRANSFORMADO NUMA REPÚBLICA COMUNISTA!

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